Manchas esbranquiçadas na pele atraibuídas a Flavobacterium columnaris. Inicialmente um foco central e logo a seguir uma expansão radial da lárea afetada. Fonte: www.adelaideaquariums.com.au Columnariose grave atingindo o tecido das bânquias. Há presença de necrose, perda da estrutura normal da brânquia. A forma branquial da columnariose é a mais grave (ver a seguir detalhes sobre a Doença Bacteriana das Brânquias). Fonte: www.fisheries.org
Doença Bacteriana das Brânquias
A doença bacteriana das brânquias é provocada por bactérias filamentosas (Mixobactérias) dos gêneros: Flavobacterium (a mesma que causa a columnariose), Myxococcus, Chryseobacterium e a apontada como mais significativa: o Flavobacterium branquiophilum. A doença bacteriana branquial também pode ser encontrada referenciada como: Doença Proliferativa das Brânquias (DPB). É uma doença crônica que manifesta-se progressivamente em diversas espécie de peixes, sendo mais reportada em salmonídeos e na família Ciprinidae. Portanto, carpas, caudas-de-véus, paulistinhas entre outros estão inclusos nesta estatística.
Não há qualquer relação desta doença com a temperatura da água, mas sabe-se que a gravidade dos transtornos deve-se ao grau de infecção e sua relação com os danos sobre o tecido branquial. Estas lesões nas brânquias causam transtornos na osmorregulação, respiração e intoxicação pela amônia acumulada no organismo. Isto porque a brânquia excerce funções vitais para a sobrevivência dos peixes através da troca de sais com a água, trocas gasosas de CO2 e O2 e eliminação de mais de 80% da amônia por esta via de excreção nitrogenada.
A Doença bacteriana branquial, assim como a columnariose, possue uma vasta distribuição geográfica de ocorrência e merece muita atenção sob o ponto de vista sanitário.
Sinais Clínicos e Patogenia da Doença Bacteriana das Brânquias: sendo as brânquias o órgão alvo desta doença, temos os diversos sinais cínicos associados aos distúrbios causados pelo mal funcionamento desta. Há uma disfunção crônica das brânquias decorrente da doença bacteriana branquial. Está incluso nesta disfunção sinais de letargia e respiração ofegante observados pelos rápido movimentos do opérculo e abrir e fechar da boca dos peixes enfermos. Visualmente é notável um escurecimento das brânquias (hiperemia - devido a dilatação dos vasos sanguíneos na região) e grande presença de muco sobre elas. A resposta fisiológica do peixe é gradual, uma vez que a doença é crônica. Inicialmente há hipertrofia do tecido (aumento compensatório do epitélio para tentar compensar a dificuldade de trocas gasosa, sais e eliminar a amônia acumulada). Posteriormente há uma fusão das brânquias decorrente da proliferação de células do tecido afetado (ainda na mesma tentativa de compensação). A taxa de mortalidade atribuída a esta doença em criatórios pode atingir 50%. Esta alta mortalidade ocorre tanto pela infecção em estágios avançados, como pela intoxicação acumulada no organismo (hiperamonemia sistêmica).
Visualização das brânquias com aspecto brilhante refletido do excesso de muco produzido. Há avermelhamento excessivo (hiperemia devido a dilatação dos vasos sanguíneos). Fonte: Rodrigo G. Mabilia
Visualização de um arco branquial com zonas esbranquiçadas devido a necrose do tecido. Fonte: www.info.com.ph
continua - parte III - Guia Ilustrado de Doenças Bacterianas em Peixes Ornamentais - por Dr. Rodrigo Mabilia
Um comentário:
Aqui as imagens não aparecem, poderiam atualizar? Preciso muito delas para compará-lás com meus peixes, e assim inciar um tratamento para tentar curá-los. Obrigada.
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