Biótopos Rio Grandenses
Por Rodrigo Mabilia
O território do Rio Grande do Sul é marcado pela existência de paisagens muito marcantes de singular beleza. A proposta deste artigo é disponibilizar uma série de matérias que caracterizem um pouco a maravilhosa geografia contemplada neste pedaço de Brasil localizado no extremo sul do país. Iremos tentar demonstrar um pouco da biodiversidade da fauna e flora gaúcha. Desde os Campos de Cima da Serra até a Região dos Pampas deparando-se com a fronteira do Uruguai e da Argentina. Serão vistos banhados, lagos e lagoas espalhados Rio Grande a fora. Veremos o inigualável complexo lagunar litorâneo. Veremos o Delta do Jacuí, o Rio Guaíba, o Taim, a Lagoa dos Patos, Lagoa do Peixe e tantas outras mais. Temos sim a maior Lagoa da América do Sul !
Contaremos com a colaboração de todos vocês para quem sabe compilarmos um banco de dados que contenha os mais variados biótopos e a riqueza de sua ictiofauna.
Introdução
As Unidades de Conservação (Ucs) do Rio Grande do Sul
Fonte: SEMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente
Uma Unidade de Conservação) é uma porção do território com características naturais de relevante valor, legalmente instituída pelo poder público, com objetivos de preservação e conservação ambiental, segundo o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC). Em 1992, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul criou o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), regulamentado em 1998. O SEUC vem sendo implementado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), por meio do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (DEFAP). A Divisão de Unidades de Conservação (DUC) do DEFAP administra essas áreas.
Unidades de Proteção Integral do Rio Grande do Sul
Fonte: SEMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente
São as áreas cujo objetivo básico é a preservação ambiental, sendo permitido apenas o uso indireto do ambiente. Estas compreendem as seguintes categorias:
Parque Estadual - áreas de domínio público com os objetivos básicos de preservação de ecossistemas naturais; realização de pesquisas científicas, de atividades de educação ambiental, de recreação, de contato com a natureza e de turismo ecológico.
Reserva Biológica - áreas de domínio público destinadas à preservação integral da biota, sem interferência humana direta, cuja superfície varia em função do ecossistema ou das espécies a serem preservadas. O acesso público é restrito à pesquisa científica e à educação ambiental. Estação Ecológica - área representativa de um ecossistema, destinada a pesquisas, à proteção do ambiente natural e à educação ambiental. É permitido alteração antrópica para realização de pesquisa científica em até 5% da área. As áreas compreendidas em seus limites devem ter domínio público.
Refúgio de Vida Silvestre - área de domínio público ou privado com o objetivo de proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória.
Ilustração demonstrando as Unidades de Conservação Estaduais do Rio Grande do Sul. Fonte: SEMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
Visualização do Sul do Brasil, Uruguai (embaixo), Argentina (esquerda), e Paraguai (em cima, à esquerda). Vê-se a Lagoa dos Patos (embaixo, à direita), o maior lago do Brasil, junto com a Lagoa Mirim (NASA - novembro 2002). Fonte: http://www.imagens-terra.com/brasil-uruguai.htm
Foto B de satélite indicando a zona (círculo branco) correspondente ao Banhado do Taim. Fonte: http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/rs/index.htm
BIÓTOPOS RIO GRANDENSES
I Banhado do Taim
Por Rodrigo G. Mabilia
A Reserva Ecológica do Taim é a mais importante do estado do Rio Grande do Sul. Fica a 120 Km da sede do município de Santa Vitória do Palmar. O Taim fica 200km ao sul da cidade de Pelotas e antes do Chuí (extremo sul do Brasil e divisa com o Uruguai). Com acesso direto pela BR 471. São cerca de 33.000 hectares, sendo que 70% dessa área fica em Santa Vitória e os restante 30% no município do Rio Grande. É um ecossistema predominantemente pantanoso, com vegetação e fauna típicas. Belos bosques circundam os banhados em anéis de figueiras e corticeiras, além de dunas na extensão intermediária com as praias litorâneas.
Além de inúmeras espécies de peixes e animais silvestres (jacarés, lontras, capivaras, ratões-do-banhado) existem aves aquáticas de numerosas espécies habitam o banhado ou migram, fazendo dali um ponto de parada obrigatório, destacando-se entre elas o cisne-do-pescoço-preto. Fonte: http://www.visitesantavitoria.com.br
Foto A de satélite indicando a zona (círculo branco) correspondente ao Banhado do Taim. Fonte: http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/rs/index.htm
Confira a animação que demonstra o Cenário Hidrológico do Banhado do Taim desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH-UFRGS) clicando no link abaixo :
http://www.iph.ufrgs.br/peld/slides/taim/animacao.htm
No Banhado do Taim por sua larga extensão (33.000 hectares) somam-se uma diversidade de biótopos com características muito semelhantes. Particularmente, fica muito difícil avaliar macroscopicamente cada um deles. Por esta razão iremos abordar o Banhado do Taim como um único grande biótopo. Quanto as espécies de peixes (a ictiofauna do Banhado do Taim), iremos descrevê-la no decorrer desta matéria.
continua em : II - Biótopos Riograndenses por Dr. Rodrigo Mabilia
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